sábado, 1 de março de 2014

Reflexiva ou Relativista?


Geralmente ouvimos no meio evangélico que as denominações cristãs devem ser “reflexivas”. Mas afinal de contas o que quer dizer isso? Será que as pessoas sabem ao menos o que é ser “reflexivo”? Das diversas definições do dicionário, acho que a mais provável seja a da raiz “refletir”: “Pensar maduramente; meditar, reflexionar”.

Quando se tem a proposta de ser uma denominação cristã reflexiva, acredita-se que essa denominação quer pensar maduramente sobre os assuntos, meditar, ponderar as questões relacionadas a fé, religião ou doutrina. Entretanto, até que ponto chegará esse “pensar maduramente” quando estiver diante de doutrinas bíblicas universais e ortodoxas? Essa “reflexão” busca o quê? Busca transformar as verdades absolutas em relativas? Busca emergir um novo conceito sobre o conceito? Isso não é reflexão cristã! Isso é “Relativismo”. Por baixo, se definiria como incredulidade. Onde o “ponderar” é substituído sob o efeito da ambigüidade de “duvidar”. Olhando dessa ótica, Tomé era “reflexivo”. Quando lhe falaram que Cristo havia ressuscitado dentre os mortos. Ele agiu como os “maduros” da atualidade. A sua “reflexão” foi a seguinte: “Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei”. (Jo.20.25).


A Bíblia Sagrada é o ponto final em questões de fé, religião ou doutrina. Se a nossa reflexão não tomar por base as Escrituras, nos tornaremos céticos, incrédulos, liberais, modernistas e relativistas. Teremos uma reflexão humana e não bíblica. E se fizermos uma reflexão da Bíblia. Essa reflexão deve se basear na fé e não na razão. Do contrário teremos também os mesmos problemas, uma reflexão humana.

Quem é a pessoa “relativista”? O dicionário responde – Referente ao, ou que é adepto do relativismo: “Atitude ou doutrina que afirma que as verdades (morais, religiosas, políticas, científicas, etc.) variam conforme a época, o lugar, o grupo social e os indivíduos”. Ora, se a minha “reflexão” acredita que as verdades sofrem variações conforme a época, lugar, grupo social e indivíduo. Considero que ela é “relativa”. Cada um terá a sua “reflexão” sobre cada doutrina bíblica. Ou melhor, não haverá verdades absolutas na Bíblia e nem doutrinas fechadas. Cada um terá a sua verdade e a sua doutrina. Nesse ponto, tal pensamento caracteriza uma denominação cristã de cunho neoliberal. Entretanto, uma denominação cristã que se propõe ser a expressão visível da igreja de Cristo, onde é tida como “coluna e baluarte da verdade”, (1Tm.3.15) fica difícil conviver com a postura relativista.

A reflexão é de suma importância quando estivermos diante de assuntos não bíblicos. Assuntos em que a Palavra de Deus não venha por ventura a fundamentar. Nesse caso, a reflexão é bem vinda. Os cristãos não devem aceitar abertamente assuntos extrabíblicos apenas por que parecem lógicos ou interessantes. Infelizmente, muitas denominações evangélicas não gostam de refletir sobre seus costumes e dogmas que não têm sustentação plausível das Escrituras. Isso é ruim para o crescimento espiritual de tal instituição. Principalmente do povo onde nela se congrega. O desafio hoje para os movimentos, confissões de fé e modismos é fazer uso da reflexão sob luz das Escrituras. Com certeza essa postura trará benefício para a igreja de Cristo. Nesse caso a reflexão deve ser sempre bem vinda.

Que todos os líderes cristãos possam refletir suas posturas e suas congregações à luz das Escrituras e serem bastante comedidos com o uso da reflexão solitária (sem a base da Palavra de Deus) e o emprego desta nas verdades bíblicas abraçando a razão em detrimento da fé. O relativismo se assemelha a esse tipo de reflexão e fará do tal líder um anticristão.

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